10 fevereiro 2011

De noite na cama...


Sentada no quarto (xícara de café na mão)...
 Tomo a delicada providência de escutar meu coração.
 Penso, por absoluta necessidade de caminhar pelas idéias confusas
e cheias de subtextos.
 O meu coração tem uma lucidez que me confunde,
embora ele saiba o que faz.
Escuto uma música que já conheço,
mas que sempre soa inédita.
A insônia marcou um encontro na cama
com meu desencanto.
E ele, claro ... Veio!
Na cabeceira, os livros me olham
como se reivindicassem entendimento.
O quarto torna-se apertado.
Os assuntos todos sentam-se nas poltronas.
Existem conversas inadiáveis
[àquelas com nossa emoção].
Decido escutar.
Preciso me desfazer desse vazio,
que preenche as coisas não preenchidas.
E nesse direito inviolável de sentir tudo, eu sigo.
Nada mais ficará implícito, não haverá lacunas ou ecos.
Enfim...
depois de uma longa conversa,
o meu coração me entendeu...
No meu sentir, não cabe as tendências.
Onde estará o outro lado?
Onde estão àquelas mãos que conversavam com as minhas?
Não sei aí...
Mas (in)ternamente te digo:
amanhã tem sol aqui.

Angélica Lins

2 comentários:

  1. Que lindo!!! Outro texto meu...Vejo que você gostou mesmo do meu VÓRTICE.


    Beijosssss

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  2. Só que esse eu esqueci de dar o devido crédito...really sorry!

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